A Cultura voltou
Margareth Menezes dá "show" sobre gestão cultural em audiência no Congresso Nacional
Um dos pilares da, assim chamada, “guerra híbrida” está encravado no campo da cultura. Não foi à toa o desmonte que o governo passado promoveu nessa área. Uma audiência da nova ministra, Margareth Menezes, ocorrida nesta quarta-feira, 03, na Comissão de Cultura da Câmara Federal, em Brasília, mostrou, como dizemos aqui na Paraíba, que “a pancada do bombo mudou”. Foram quase quatro horas de debates.
Menezes foi firme ao responder aos deputados da oposição que todas as políticas públicas do MinC serão conduzidas a partir de critérios técnicos sobre todos os projetos e propostas que chegarem aos editais públicos de sua pasta.
Ela também fez questão de reforçar que fará um esforço, juntamente com sua equipe, para que os recursos alcancem TODOS os municípios brasileiros. A ministra disse que o teto para financiamentos passa a ser de R$ 25 mil.
A ministra foi elogiada publicamente pelo deputado Stélio Dener (Republicanos – RR) se referindo à audiência que teve com ela sobre o “movimento junino”. Benedita da Silva (PT – RJ) reforçou que o ministério não examina orientação sexual dos projetos. Ela defendeu o PL 3905 sobre cultura na administração pública. Jandira Feghali (PCdoB – RJ) defendeu a política afirmativa de cotas também na pasta da Cultura. Maria Arraes (Solidariedade – PE) denunciou sucateamento de órgãos com Ancine e Iphan na gestão federal anterior. Lídice da Mata (PSB – BA) fez uma fala contundente lembrando episódios recentes em que o governo Bolsonaro tentou criminalizar a Cultura e desqualificou expoentes da cultura nacional como Martinho da Vila, Mãe Stella de Oxóssi, Chica da Silva e Alaide do Feijão. Maria do Rosário (PT -RS) falou da destruição do patrimônio cultural ocorrida em Brasília durante os atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro.
Margareth Menezes aproveitou para anunciar que estão previstos no orçamento do MinC mais de R$ 10 bilhões para esse ano, a serem distribuídos através de editais das leis de fomento (Rouanet, Aldir Blanc e Paulo Gustavo). Ela também apelou aos deputados presentes que todas as emendas parlamentares são bem-vindas.
