“Ninguém nasce odiando a outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, se podem aprender a odiar, elas podem aprender a amar.” Nelson Mandela.
Primeiramente, antes de tudo, precisamos lembrar que nós afrodescendentes, mestiços e povos indígenas, viemos da escravidão, massacres e de um grande e profundo racismo estrutural que permanece através dos séculos. Como sabemos a libertação dos escravos é uma das grandes falácias da nossa história, afinal foram todos jogados nas ruas, sem os mínimos direitos e a mínima indenização, criando através dos tempos um abismo entre mestiços, negros e indígenas (massacrados, roubados) e “descendente dos colonizadores”. Não é à toa que as favelas tem cor assim como os bairros mais ricos. É mais do que necessário atitudes de indenização e reparações históricas, não acho as cotas raciais solução para o problema, mas já é um pequeno passo adiante. O Ideal seria uma profunda melhora no sistema educacional público, para que os mais desfavorecidos tenham condições para disputar em pé de igualdade com os que tem mais estruturas, uma ideia também seria que aqueles que estudaram em escolas particulares façam universidades particulares e os que estudaram em escolas públicas façam faculdade pública. Essa são algumas ideias, mas o que é certo é, que algo tem que ser feito, de forma séria e verdadeira se queremos diminuir e reparar tanta desigualdade e crimes históricos, contra os descendentes de povos livres africanos, povos indígenas e também com mestiços pobres. Na verdade, já é mais que necessário reparações e indenizações ao povo brasileiro, povos indígenas e Quilombolas, por toda história racista e classista do nosso país. Dados do resultado do racismo estrutural no Brasil, de acordo com levantamento realizado pela liga de Ciência preta Brasileira, em 2020, dentre aos alunos de pós graduação, 2,7 % são pretos, 12,7 % são pardos, menos de 0,5 % são indígenas e 82,7% são brancos. “Dados também da PNAD (IBGE) só que de 2015, mostram que apesar dos negros e pardos representarem 54 % da população na época, a sua participação nos grupos dos 10% mais pobres era muito maior: 75%. Já no grupo do 1 % mais ricos da população, a porcentagem de negros e pardos era apenas de 17,8 %. (dados da revista Exame.). Esses são apenas uma pequena demonstração das diferenças raciais causadas pela história opressora que vivemos no Brasil. Tire suas próprias conclusões.
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*Alex Goulart Baseia é aluno de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul