por DALMO OLIVEIRA*
A cassação do deputado federal e ex-membro da Operação Lava-jato, Deltan Dallagnol (Pode-PR), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é um alento para todos que ainda apostam nos Poderes constituídos da República brasileira.
Não apenas pela maneira fraudulenta das circunstâncias de sua candidatura nem pelo modo como tentou se desvencilhar dos processos administrativos que respondia no âmbito do controle interno do MPF. Além de todas as questões de quebra de ética em que “o cara do PowerPoint” esteve imbricado.
A decisão da Corte mostra que o TSE tende a se livrar da pecha de lento e leniente. Mais atento, mais ágil, o Tribunal sinaliza, punindo Deltan, que o tempo da impunidade eterna está acabando.
Sinaliza também fortemente para os congressistas que os mandatos eletivos não podem ser usados mais como indutos para quem pratica crimes (de qualquer ordem). Escudo para mal-feitores. Ou esconderijo de pessoas em conflito com a Lei.
Abre precedente e case para punir casos semelhantes, principalmente de bolsonaristas eleitos pelo voto popular no pleito passado. Eleitos, só Deus sabe, através de quais artimanhas.
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*Editor e comentarista político